domingo, 26 de abril de 2015

Conto para Crianças: A Pequena Vendedora de Fósforos, de Hans Christian Andersen, o Pai do Conto de Fadas Moderno. Encenação natalina. Atividades



O  conto é um excelente recurso  para  trabalhar valores morais com  crianças e   até adultos. 

  A Pequena Vendedora de Fósforos é um conto clássico do  poeta e escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, e que permanece atual.

Esse conto de Natal  foi publicado pela primeira vez em 1845.  A emocionante história se passa numa noite de Natal,  e relata os sonhos e esperanças  de   
uma pobre menina vendedora de fósforos,   e as surpresas que a noite de Natal lhe reservou.  

Transmite  uma lição da compaixão que devemos ter com as pessoas  carentes. Ainda que tenha um final triste, podemos   dela extrair uma lição de moral, principal característica desse gênero literário, além da variedade 
de versões, por se tratar de um gênero da oralidade,  ponto que o professor deve salientar para seus alunos. Nessa versão resumida  fiz pequenos ajustes.   

Sinopse do livro:

Era véspera de Natal. Noite de frio, neve, e uma pequena garotinha muito pobre relutava em voltar para casa. Ela era órfã de mãe, morava sozinha com o pai e a avó, já muito velhinha, e sustentava a todos vendendo fósforos.




COM ESTA BELA HISTORINHA  PRESTAMOS NOSSAS HOMENAGENS AO 
DE MAIO, DIA DO TRABALHO E  DO TRABALHADOR 


Encenação natalina


O conto pode servir como ótima opção para se fazer um recital ou uma encenação natalina,  envolvendo entre 14 a 19 participantes, incluindo o narrador, que pode ser o professor, encarregado do primeiro parágrafo. Os outros  parágrafos serão  
distribuídos   entre  os demais participantes. Também para homenagear   de Maio - Dia do Trabalho.

Para apresentá-lo  à classe, o professor faz a leitura dramatizada para os alunos, e em seguida distribui cópia individual. A seguir,  faz a  leitura coletiva, com cada aluno lendo um parágrafo. 

Finalmente, faz a interpretação oral, com a participação da classe. Exibe o vídeo da turma do Quintal da Cultura, que  conta a história A Pequena Vendedora de Fósforos, com personagens de papel. Por último, a atividade que está no final.  Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=DmrQNBQoeIA

Agora vamos conhecer a emocionante historinha

Era véspera de Natal. Fazia um frio intenso.  Já estava escurecendo e caía a neve. Mas apesar  de todo o frio, da neve  e da noite que caía rapidamente, uma menina descalça e de cabeça descoberta, vagava pelas ruas. Ela estava calçada quando saiu de casa, mas os chinelos eram muito grandes, pois eram os que sua mãe usava. Escaparam-lhe dos pezinhos gelados quando atravessava correndo uma rua para fugir de dois carros que vinham em disparada.

Não pôde achar um dos chinelos e o outro um rapazinho levou,  dizendo que aquilo iria servir de berço para os seus filhos quando os tivesse. A menina continuou a andar, agora com os pés descalços  e gelados.

Levava no avental velhinho pacotes de fósforos e na mão uma caixinha, mas não conseguira vender uma só em todo o dia, e ninguém lhe dera uma esmola. Assim, morta de fome e de frio, caminhava  penosamente, vencida pelo cansaço e desânimo — a imagem viva da miséria.

Os flocos de neve caíam  pesados  sobre os lindos cachos louros que lhe emolduravam graciosamente o rosto.  Via  pelas janelas das casas as luzes de natal que brilhavam lá dentro. Sentia-se na rua um cheiro bom de peru assado, pois  era  Véspera de Natal.

Achou um canto entre duas casas, e  se encostou ali, com os pés encolhidos, para abrigá-los ao calor do corpo,  mas cada vez sentia mais frio. Não se animava a voltar para casa, porque não tinha vendido uma única caixinha de fósforos, e não ganhara um  único vintém.

Além disso, em sua casa fazia tanto frio como na rua, pois só havia o abrigo do telhado, e por ele entrava uivando o vento, apesar dos trapos e das palhas com que lhe tinham tapado as enormes frestas.

Tinha as mãozinhas  geladas, duras de frio. Quem sabe se acendendo um daqueles fósforos pequeninos sentiria algum calor? Será que  se animaria a tirar ao menos um palito da caixinha, e riscá-lo na parede para acendê-lo… ?  Ritch!. Como estalou, e faiscou, antes de pegar fogo!  Deu uma chama quente, bem clara, e parecia mesmo uma vela quando ela o abrigou com a mão. 

Riscou outro. Onde batia a luz, a parede tornava-se transparente como um véu, e ela via tudo lá dentro da sala. Estava posta a mesa. Sobre a toalha alvíssima via-se, fumegando entre toda aquela porcelana tão fina, um belo peru  assado, recheado de maçãs e ameixas. 

Mas o melhor de tudo foi que o peru  saltou do prato, e, com a faca ainda cravada nas costas, foi indo pelo assoalho direto à menina, que estava com tanta fome, e…

Mas — o que foi aquilo? No mesmo instante acabou-se o fósforo, e ela tornou a ver somente a parede nua e fria na noite escura. Riscou outro fósforo, e diante da luz resplandecente viu-se sentada debaixo de uma linda árvore de Natal! 

Oh! Era muito maior e mais ricamente decorada do que aquela que vira, naquele mesmo Natal, ao espiar pela porta de vidro da casa do negociante rico.

Entre os galhos, milhares de velinhas. Estampas coloridas, como as que via nas vitrinas das lojas, olhavam para ela. A  menina  estendeu os braços diante de tantos esplendores, e então, então… apagou-se o fósforo. 

Todas as luzinhas da árvore de Natal foram subindo, subindo, mais alto, cada vez mais alto, e de repente ela viu que eram estrelas, que cintilavam no céu. Mas uma caiu, lá de cima, deixando uma esteira de poeira luminosa no caminho.

— Morreu alguém — disse a menina.  Porque sua avó, a única pessoa que a amara no mundo, e que já estava morta, lhe dizia sempre que, quando uma estrela desce, é que uma alma subiu para o céu.

Agora ela acendeu outro fósforo; e desta vez foi a avó quem lhe apareceu, a sua boa avó, sorridente e luminosa, no esplendor da luz.

— Vovó! — gritou a pobre menina. Leva-me contigo… Já sei que, quando o fósforo se apagar, tu vais desaparecer, como sumiram a estufa quente, o peru assado e a linda árvore de Natal!

E a coitadinha pôs-se a riscar na parede todos os fósforos da caixa, para que a avó não se desvanecesse. E eles ardiam com tamanho brilho, que parecia dia, e nunca ela vira a vovó tão grandiosa, nem tão bela!

E ela tomou a neta nos braços, e voaram  as duas, em um Círculo de luz e de alegria, mais alto, e mais alto, e mais longe… longe da Terra, para um lugar, lá em cima, onde não há mais frio, nem fome, nem sede, nem dor, nem medo, porque elas estavam, agora, no céu com Deus.

A luz fria da madrugada achou a menina sentada no canto, entre as casas, com as faces coradas e um sorriso de felicidade. Morta. Morta de frio, na noite de Natal. A luz do Natal iluminou o pequenino corpo, ainda sentado no canto, com a mãozinha cheia de fósforos queimados.

— Sem dúvida, ela quis aquecer-se — diziam as pessoas.

Mas… ninguém soube que lindas visões, que visões maravilhosas lhe povoaram os últimos momentos, nem com que júbilo tinha entrado com a avó nas glórias do Natal no Paraíso.
FIM 
Fonte: texto que adaptei  do resumo feito por Snaga. Disponível em:

Atividades 

1. Você gostou da historinha?   Qual  é o título?  Quem é o autor? Quando foi escrito?
2. A qual gênero literário pertence? Qual a principal característica desse gênero? 
3. Em que época do ano aconteceu a história: Natal ou São João?
4. Quando comemoramos o Natal? Você gosta do Natal ? Por que? 
5. Quando se comemora o Ano Novo? 
6. O que celebramos no    de Maio? 
7. Como você se chama?
8.  A personagem principal da historinha tem nome próprio? Como ela é chamada? 
9. Que nome você daria para ela?
10. Você entendeu os significados de todas as palavras que aparecem no texto? Faça a relação das palavras desconhecidas. Busque seus significados no dicionário.
11. Construa uma frase com cada uma delas. 
12. Releia o texto e junto com um grupo de 6 colegas  escreva um final diferente para essa historinha. 
13. Junto com seu professor, forme um grupo de colegas para fazer  um Recital de Natal com essa bela historinha. Sucesso! 

Saiba quem foi Hans Christian Andersen. Clique nos links abaixo:


Hans Christian Andersen, o pai do conto de fadas moderno


12 de Outubro Dia da Criança. Conto de Fada A Princesa e a Ervilha. Música, vídeo e apresentação teatral com o tema. Biografia de Hans Christian Andersen


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