domingo, 29 de março de 2015

Séries Iniciais: Livro Pé de Pilão, um retrato da poesia de Mário Quintana. Biografia do autor. Atividades


"Pé de pilão 
Carne seca com feijão.
Arreda, camundongo,

                       Pra passar o batalhão!".    
Carne seca com feijão.
Arreda, camundongo,
                       Pra passar o batalhão!".    
Autor:  Mário Quintana




Pilão

O Livro infantil  Pé de Pilão , de Mário Quintana,  com seus versos   engraçados e cheios de ritmo, tem seu nome inspirado na quadrinha popular acima. Suas rimas são agradáveis e divertidas,  fáceis de serem trabalhadas nas séries iniciais,   de uma  forma lúdica para as crianças.  


A palavra pilão vem de um  artefato primitivo de origem remota, feito  de madeira. No  Brasil-Colônia era utilizado na agricultura para socar alguns alimentos, como o milho,  o café,  nos preparos da farinha de mandioca, enquanto  o pilão pequeno  era usado para   moer os temperos (o alho, a pimenta e o cominho). 

Para sua confecção, utiliza-se troncos de madeiras duras. Sua haste (denominada mão de pilão) é feita com sobras dessas madeiras.  

Pilão de madeira
para moer tempero
No tocante à cultura rural brasileira, pode-se afirmar que todas as casas  usavam  um pilão.   Este utensílio doméstico foi muito utilizado na cozinha pelos  negros e pelos indígenas. 

Nos terreiros de candomblé da Bahia, moía-se o milho em um pilão grande, para preparar o abará e o acarajé.  No Norte do Brasil, um dos pratos típicos é opiracuí (chamado, também, areia de peixe), é preparado com peixe torrado no forno e depois amassado no pilão. 

No artesanato nordestino, é possível  encontrar pilões de madeira, de barro, de pedra sabão e  de chifre de boi nas feiras livres, mercados públicos ou lojas de objetos artísticos.
Pilão de pedra sabão

O pilão é  muito  popular  em países da  África, como Moçambique e Cabo Verde. Foi usado nas trocas de alimentos  entre os indígenas, africanos e europeus.

Uniu  caminhos e experiências de vida,  etnias,  culturas, e proporcionou  a miscigenação de gostos, formas e aromas. Foi registrado na música popular nordestina. Com letra de Zé Dantas e música e canto de Luiz Gonzaga, têm-se as canções Cintura fina e Pisa no pilão.

Fonte: Adaptado do texto de VAINSENCHER, Semira Adler. Pilão e Monjolo. Pesquisa Escolar Online.  Fundação Joaquim Nabuco, Recife.  Acesso em 29 de marco 2015.   Disponível em:  


Mulheres africanas,  de Cabo Verde, país da África, moendo  o milho no pilãoFonte: wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pil%C3%A3o
Mulheres brasileiras afrodescendentes  participando de rituais de cantorias  moendo no pilão. Imagem do Google
Mulher do Nordeste brasileiro moendo no pilão, tendo ao lado vasilhas também de madeira.
Agora que você já conhece o pilão, vamos conhecer o livro. Depois leia a biografia do autor e realize as atividades. Bons estudos ! 


Seleção de slides  adaptada da publicação da Professora Josiane Amaral
Fonte: http://varinhadecondao-9.blogspot.com.br/2009/11/pe-de-pilao.html


BIOGRAFIA DO AUTOR MÁRIO QUINTANA



Mário de Miranda Quintana foi um  poeta, tradutor e jornalista brasileiro. 
Nasceu na cidade de  Alegrete,  no Rio Rio Grande do Sul, estado situado na Região Sul do Brasil,  em 30 de julho de 1906.  Considerado o "poeta 
das coisas simples",  seu estilo  é   marcado  pela  ironia,  pela profundidade
pela perfeição técnica.  Trabalhou como jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta  obras da literatura universal.

Em 1940,  lançou  seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando  a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil.   Em 1976, ao completar setenta anos, recebeu a Medalha Negrinho do Pastoreio do 
governo do estado do Rio  Grande do Sul. Em 1980 recebeu o 
da obra. Seus livros infantis são muito aceitos pelas crianças,  destacando-se: 
O batalhão das letras, 1948; Pé de pilão,1968;  Lili inventa o mundo,1983;  Nariz de vidro,1984;  O sapo amarelo,1984  e   Sapato furado, 1994.    

A Casa de Cultura Mario Quintana, antigo Hotel Majestic.  
Monumento a Mário Quintana (à direita, sentado) e Carlos Drummond de Andrade (em pé), na Praça da Alfândega de Porto Alegre, obra de Francisco Stockinger
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Quintana

Atividades 

1.