quinta-feira, 22 de agosto de 2013

22 de Agosto Dia do Folclore. Personagens lendários e mitológicos do folclore brasileiro. Festas e Artes populares

Todos os povos e  grupos sociais, de qualquer parte  do mundo, independente do seu nível de desenvolvimento tecnológico e econômico, têm  suas práticas sociais ou cultura popular tradicional, que chamamos de folclore. 

A palavra folclore é de origem inglesa, sendo  formada  pela junção das palavras folk e lore. Folk = povo; lore = sabedoria popular.  Formou-se então a palavra folclore,  que significa  sabedoria do povo.


Folclore é o conjunto de crenças, lendas, festas, superstições, artes e costumes de um povo. É passado na forma oral, de boca em boca,  de geração a geração por meio dos ensinamentos e da participação nas festas populares.

Através  do folclore podemos conhecer as antigas e atuais tradições de um povo. 

As histórias folclóricas  são de autoria desconhecida, mas  aceitas pela coletividade. 

Cada pessoa assimila e repassa  as tradições populares a partir de seu entendimento próprio, por meio da transmissão oral, já que antigamente não havia meios de comunicação como  os de hoje. 

Para manter vivo o folclore típico de cada região existem datas específicas para a realização dos festejos e arte populares.

folclore  brasileiro

Além do nativo (o índio), o português e o africano, povos formadores da nossa cultura,  o  Brasil recebeu influências de imigrantes de outros países: Itália, Alemanha, Japão, que contribuíram com o  nosso folclore, tornando-o mais complexo e mais rico. Cada região tem suas tradições, contribuindo para a diversidade cultural e  folclórica.


Mitos e lendas: conheça alguns personagens lendários e mitológicos  do  folclore  brasileiro

1) Boitatá –  este mito de origem indígena,  e um dos mais antigos do Brasil,  é representado  por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais. 

Tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. É um mito muito atual, pois protege e defende a ecologia, ou seja, os cuidados com a preservação ambiental. 

Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, escritas  em 1560 (século XVI). Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre". Observe-a na figura. 


2) Curupira - é  representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás.  O curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres.  Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza.  Quando alguém desaparece nas matas, as pessoas do interior  dizem que é obra do curupira.


3) Lobisomem -  Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, mas ao contrário,  desenvolveu a capacidade de se transformar  em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. É um dos mitos mais antigos do mundo.

4) Iara: a  lenda da  Mãe-D'água-  é  um personagem muito parecido com a sereia,  que  tem  o corpo metade  mulher e metade  peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Os cronistas dos séculos XVI e XVII registraram essa história na Europa, que no Brasil, é uma lenda indígena, da Amazônia. No princípio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No século XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. 


Todo pescador brasileiro, de água doce ou salgada, conta histórias de  homens  que cederam aos encantos da bela Uiara e terminaram afogados de paixão. Ela deixa sua casa no fundo das águas no fim da tarde. Surge magnífica à flor das águas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. 

Boto cor de rosa
5) Boto - a lenda do boto  vem da  Amazônia, na  região norte. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. 

Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto. 

6) Mula-sem-cabeça -  surgido no interior do país,  este mito conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo,  todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

A mula sem cabeça
6) Saci-Pererê -  o  saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna, vaga com seu cachimbo e  um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. 

Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas. 

Na lenda do saci o personagem  arteiro, que vive aprontando travessuras, surgiu da necessidade das pessoas justificar uma distração ou arrumar um culpado para uma situação indesejada.

II – Festas  populares

Há muitas festas populares no folclore brasileiro. Citamos: Bumba-meu-boi, na Região Nordeste;  Fandango,  Maracatu, Reisado,  Congada (SP, ES, BA, MG, GO, PR, RS);  Caboclinhas (PB e RN); Cavalhadas (RS, AL, PR e SP);  Ciranda (PE); Cordões de Bicho (AM).
A Festa do Bumba-meu-boi no Nordeste

Festa do Bumba-meu-boi no Nordeste
É um folguedo brasileiro, típico da região nordeste. Tem início  no mês de novembro  e termina  no dia  6 de janeiro, na Noite de Reis. 

Surgiu  no século XVIII, misturando aspectos das culturas portuguesa, negra  e indígena.  

Essa dança  folclórica ocorre nas ruas,  acompanhada por música regional, onde um homem vestido de boi faz várias coreografias. 

Ao redor do boi aparecem vários personagens típicos do século XVIII: vigário, cobrador de impostos, escravo fugitivo, boiadeiro, capitão do mato e o valentão. 

Durante a dança, o boi é morto, mas  logo em seguida é ressuscitado por um puxão no rabo e volta a dançar. Na dança, o boi abaixa e levanta a cabeça, dançando de forma desorientada, sobre os outros personagens. As mulheres não participam ativamente da festa, mas assistem  e algumas vezes ajudam na organização. 

III - Crendices e Superstições - são muitas. Destacamos:  patuás, relíquias, amuletos, talismãs etc. 
Feira dos  Caxixis,  na cidade de Nazaré das
Farinhas, Bahia
Superstição é uma  de crendice popular que não possui explicação científica. São criadas pelo povo e  passadas  de geração a geração.  

As superstições  atrapalham  a vida das pessoas.  Uma pessoa que deixa de fazer determinadas coisas numa sexta-feira 13. 

Não há nenhuma explicação científica que prevê que este dia atrai azar, porém muitos indivíduos acreditam nisso como se fosse uma verdade. 

Não passar embaixo de escada.  Cruzar na rua com um gato preto dar  azar. Você conhece outras ? Cuidado com as superstições ! 

IV - Arte Popular e Técnicas Tradicionais: a rica e variada  culinária brasileira, os objetos de   cerâmicas;  trabalhos artesanais, como  rendas e  bordados, compõem o repertório das tradições populares do nosso país. 


Destacamos a Feira dos Caxixis,no interior da  Bahia,  onde na Semana Santa, os artesãos vendem seus trabalhos de cerâmica. 
Amplie seus conhecimentos. Veja o link: Cultura nordestina: vaquejada, a festa do vaqueiro. Poesias de cordel

http://serravallenaafricadosul.blogspot.com.br/2013/08/cultura-nordestina-vaquejada-festa-do.html

Sugestão de atividade: Com a ajuda da professora, forme uma equipe de até 8 escritores. Cada um irá  escolher sua lenda favorita e  escrever uma nova versão da mesma. Essas produções irão  resultar num livrinho ilustrado, com o título:  Mitos e  Lendas  do Folclore  do Brasil, na visão das crianças da Escola...., turma da professora ... (nome da escola e da prof. ).  Sucesso !

Referências

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